Devaneios sem sentido

quarta-feira, junho 09, 2004

Só!
Agora só estou eu nesta sala...
Pela porta aberta chegam-me os sons das vozes, do ping-pong, dos matraquilhos...
A ilusão e o sonho voltam com um arrepio que me percorre a espinha e me deixa inquieto...
À minha volta passa o mundo e eu, isolado numa bolha, fico a vê-lo passar...
Tenho de parar com isto! Não posso sentir mais! Não quero estragar o sonho real! Basta!
Que importa se a neve arde? Que importa se estás aí? Que importa se sou louco?
Sim, sou louco. Um louco com a capacidade de sentir...
Não, não vou afastar-me. Para quê? Não vou dizer mais... Afastar-me de mim seria um preço demasiado alto a pagar. (Quem se afasta de si perde todos os que o rodeiam.)
Vou estar com quem me aceita e seguir em busca de alguém que já encontrei.
Lá de fora, a voz da Tânia e da Dulce chamam-me à realidade e eu vou, como se nunca dela tivesse saído...

(Escrito na Casa Municipal da Juventude de Aveiro à hora marcada no post.)